Rap Internacional

Migos processa advogado da sua gravadora alegando ter sofrido fraude milionária


Um dos maiores grupos da cena hip-hop contemporânea, o Migos protagoniza agora uma situação tensa. Segundo relatório do site The Hollywood Reporter, o trio de rappers de Atlanta está processando o advogado Damien Granderson, alegando ter sido trapaceado e roubado em milhões de dólares.

É dito que o grupo começou a trabalhar com Granderson em 2014, cerca de um ano após fechar contrato com a gravadora Quality Control. Porém, eles nunca souberam que o advogado também cuidava de negócios do rótulo, o que na prática gera um grande conflito de interesses.

“Desde que começou a representar o Migos, Granderson planejou e conspirou em trair seus clientes para que ele pudesse se beneficiar junto com a Quality Control, independentemente das consequências e ramificações que tinha com o Migos”, diz documento de ação. “Granderson estava trabalhando com o Migos desde o início do grupo, inclusive no acordo de 2014 para que a 300 Entertainment distribuísse o álbum de estreia Yung Rich Nation do Migos”, afirmou o advogado Bryan Freedman em denúncia, na qual continuou em baixo: “naquela época, os membros do grupo estavam no final da adolescência, vinte e poucos anos, e não tinham nada além de um ensino médio”.

Freedman argumenta que Granderson viu os artistas como “alvos fáceis” e os convenceu a fazer um acordo unilateral em benefício de um cliente de maior prioridade: a Quality Control Music. Sem revelar o apontado conflito de interesses ao cuidar de negócios do Migos e a QC, Granderson foi acusado de atrasar o lançamento do álbum Culture enquanto teria orquestrado uma disputa legal com o rótulo 300 na tentativa de facilitar a mudança do trio para a Capitol Records.

A ação diz: “se não fosse Granderson adiando a liberação do Culture, o Migos teria sido capaz de obter uma receita adicional com turnês e venda de produtos durante o hiato forçado do grupo (…) Mais tarde, Granderson exacerbou o dano que causou ao Migos em negociar uma emenda de contrato exclusiva entre a QMC e a Capitol Records, a qual Granderson sabia conter termos que não eram aceitáveis para o Migos”.

Esses termos, de acordo com o processo, incluem uma cláusula que exigiria que o Migos prestasse serviços diretamente a Capitol se encerrasse seu relacionamento com a QCM, e foi redigido de uma maneira que o desestimulasse financeiramente.

Escreveu Freedman: “Granderson efetivamente impediu o Migos de estar livre de pagar compensações excessivas para a Quality Control Music, de assinar com qualquer outra gravadora e obter melhores condições relacionadas à distribuição de suas gravações musicais”.

O Migos também alega Granderson propositalmente cometeu erros na elaboração de acordos, e agora está processando ele por negligência profissional, violação de dever fiduciário, violação do Código de Negócios e Profissões da Califórnia, concorrência desleal e enriquecimento sem causa, buscando uma declaração de que a tarifa de 5% de contingência sob a qual foram submetidos é invalida, além de uma restituição e punição por danos.

Granderson, cuja empresa também representa Cardi B, Kanye West, A$AP Rocky, entre outros, ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Fundador do Rap 24 Horas & Editor do portal. Há mais de 10 anos anos produzo conteúdos na internet sobre a cultura hip-hop. Já geri diversas notórias páginas na internet relacionadas aos temas de rap e entretenimento.

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