Como o futebol brasileiro ajudou a pacificar conflitos armados?

Existem momentos que somente o futebol é capaz de proporcionar. O
sentimento de união que as partidas proporcionam são capazes, até mesmo,
de pacificar conflitos civis e apaziguar ânimos, ainda que de forma
momentânea. É como se os cidadãos se lembrassem, mesmo que por um
instante, de apreciar aquilo que gostam, ao invés de guerrear contra aquilo que
odeiam.

O “Jogo da Paz” e a chegada do Brasil no Haiti

Um desses casos, onde o futebol parou uma guerra civil, aconteceu no Haiti. O
“jogo da paz”, como ficou conhecido, foi um amistoso entre Haiti e Brasil no dia
18 de agosto de 2004, realizado na capital Porto Príncipe, que parou, mesmo
que por algumas horas, a guerra civil que maltratava a população haitiana. A
Seleção Brasileira goleou os donos da casa por 6 a 0, mas, naquele dia, o
placar era o que menos importava.

O “jogo da paz” teve uma grande importância simbólica, pois conseguiu
promover momentos de paz e solidariedade entre os dois países, em um
momento de grande instabilidade política e social no Haiti. O evento foi uma
maneira de mostrar como o esporte pode ser utilizado para fins sociais, como
foi, por exemplo, a distribuição de alimentos e medicamentos para a população
carente do Haiti. Esse episódio mostrou que os jogadores de futebol podem assumir um papel importante na sociedade, contribuindo para a promoção da
justiça e da igualdade.

Não foi a primeira vez que o futebol brasileiro “parou uma guerra”

Apesar do jogo da paz ter sido um evento marcante para o futebol, não foi a
primeira vez que o futebol brasileiro esteve envolvido em jogos desse tipo.

Muito antes das redes sociais, em uma época que as pessoas não tinham
acesso aos grandes portais de notícias de futebol e nem outros sites
importantes que são ligados ao futebol, como as plataformas de jogos de
apostas esportivas na netbet, por exemplo, os feitos de grandes atletas
brasileiros já eram conhecidos em outros continentes. Jogadores como
Garrincha e Didi até hoje têm seus nomes citados, e seus desempenhos no
campo são lembrados e homenageados, ainda que muito tempo depois do fim
de suas carreiras.

Entretanto, existe um jogador brasileiro que é a exata definição de “lenda”,
Pelé. Muitos se amontoavam nas arquibancadas para assistir ao Rei jogar.
independentemente de onde fosse o jogo, a torcida lotava o estádio para ver os
gols e os dribles de Pelé. Foi exatamente por isso, que durante a excursão do
Santos pelo continente africano, em 1969, acabou por promover um cessar
fogo na guerra civil da Nigéria.

O fato ocorreu quando a delegação santista chegou à cidade de Benin, na
Nigéria. O cenário era devastador, devido ao conflito armado que se estendia
por alguns anos. O impacto de ter Pelé e outros grandes jogadores brasileiros
foi tamanho, que as autoridades do país decretaram um feriado e um cessar
fogo, embora não estivesse acontecendo nenhuma batalha naquele momento,
a situação de guerra se estendia, gerando escassez de comida e outros
recursos.

Apesar de o fato ser marcante e mostrar o quanto o futebol brasileiro é
poderoso, alguns relatos de estudiosos argumentam que foi apenas uma
trégua momentânea, a guerra ainda se estendeu por mais um tempo, até
acabar de vez. Se é verdade, ou não, é incontestável que o Rei do futebol
conseguiu, mesmo que por poucos minutos, unir lados opostos de um conflito
armado. Esse é o poder do futebol.