Pai de criança de 9 anos em coma após show do Travis Scott fala sobre tragédia

A última edição do festival AstroWorld do Travis Scott, realizada na semana passada em Houston, deveria ser um dia especial para todos mais de 50.000 fãs presentes, mas tudo terminou de forma trágica. Isso porque em certo ponto do espetáculo, houve um enorme tumulto, onde um total de 9 pessoas foram mortas e mais centenas ficaram feridas.

Entre essa grande quantidade de fãs machucados, temos o pequeno Ezra Blount de 9 anos, que foi ao evento acompanhado do seu pai, e acabou entrando em coma induzido após ser vítima de pisoteio. De acordo com os relatórios, seu pai Treston Blount carregava o garoto nas costas, e embora fizesse o possível para protegê-lo, desmaiou com a pressão dos corpos ao seu redor, fazendo com que o garoto que estava em seus ombros caísse e fosse pisoteado.

Procurado pela equipe do canal ABC 13 Houston, Treston teve a oportunidade de finalmente falar sobre a tragédia na sexta-feira (12). Sobre a decisão de ir ao festival, o rapaz comentou: “quando descobri que ele era um grande fã [de Travis], pensei: ‘sim, temos que ir, temos que ir ver o Travis ao vivo. Estávamos na parte de trás, bem na parte de trás, e eu pensei: ‘ok, isso é legal’, porque lá na frente as coisas podem ficar um pouco selvagens”.

Após então o tumulto que gerou em seu desmaio e a queda do seu filho, o rapaz alega que quando recuperou a consciência, encontrou o pequeno em um hospital próximo do evento para lidar com os danos sofridos em seus principais órgãos, incluindo um inchaço do cérebro.

“Eu poderia dizer que ele estava machucado. Não estou pronto para perder meu filho de jeito nenhum. Ainda temos muito o que viver ”, disse ele ao canal de notícias.

Conforme relata o portal da revista PEOPLE, a família Blount juntou-se a dezenas de outras pessoas que já entraram com um processo contra Scott, alegando que “sua conduta grosseiramente negligente” com o festival contribuiu para os ferimentos que colocaram Ezra em risco de vida. A denúncia diz que o menino de 9 anos foi “chutado, pisoteado e quase esmagado até a morte”.

“Para seu corpo jovem e em crescimento, essas lesões terão efeitos por toda a vida, prejudicando sua qualidade de vida e capacidade de crescer e prosperar como ele teria se não tivesse sido submetido a este incidente”, dizem os documentos.