Rap Internacional

Juiz decide que Pharrell não cometeu perjúrio em julgamento de plágio da canção “Blurred Lines” com Robin Thicke


Na sexta-feira passada (12), Pharrell Williams recebeu boas notícias depois que um juiz decidiu que ele não mentia sob juramento durante o julgamento sobre o processo de plágio aberto contra ele por representantes do falecido Marvin Gaye em 2015, os quais alegaram que o hit “Blurred Lines” que ele produziu para Robin Thicke em 2013, era um plágio da canção “Got To Give It Up”, gravada pelo lendário cantor em 1977.

Inicialmente, um júri decidiu que Williams e Thicke haviam realmente plagiado o clássico de R&B, ordenando-os a pagarem indenização de 7.4 milhões de dólares para os responsáveis pela propriedade de Gaye. Em desenrolar do processo, os advogados de Pharrell entraram com um recurso, encerrado em 2018, que reduziu o valor para US$ 5,3 milhões. Gaye também foi adicionado como co-escritor na música, possibilitando que sua propriedade intelectual receba metade de todos os royalties futuros de “Blurred Lines”.

O espólio também queria que Pharrell e Thicke pagassem seus honorários advocatícios, mas eles não foram obrigados, já que o tribunal não considerou o plágio intencional, de acordo com o Digital Music News. Isso porque após ser levado novamente ao tribunal, Pharrell teve examinada uma entrevista com o produtor Rick Rubin publicada pela revista GQ em novembro de 2019, onde ele alegou ter feito uma “engenharia reversa com a música” de Gaye.

Os representantes de Marvin alegaram que a alegação do Pharrell era uma prova de que ele mentiu sob juramento e cometeu perjúrio, mas o juiz do Tribunal Distrital John Kronstadt decidiu na sexta-feira que a declaração não era suficiente para provar que Williams havia cometido perjúrio. “As declarações de Williams durante a entrevista de novembro de 2019 foram enigmáticas e passíveis de múltiplas interpretações. Por exemplo, não está claro o que Williams quis dizer com ‘engenharia reversa ‘. Lida no contexto, a declaração de Williams sobre ‘engenharia reversa’ pode ser interpretada como um processo no qual ele se lembra de seus sentimentos ao ouvir uma música específica e, em seguida, tenta recriar esses sentimentos em suas próprias obras”, pontuou o juiz da Califórnia. 

A família de Gaye inicialmente buscou US$ 3,5 milhões em honorários advocatícios, o que foi originalmente negado. No momento da decisão original de que Williams e Thicke plagiaram a música, alguns juristas e especialistas em direitos autorais criticaram a decisão, alegando que ela se baseava no sentimento geral de que as duas canções eram semelhantes, em vez de focadas em aspectos musicais específicos que compartilham.

Fundador do Rap 24 Horas & Editor do portal. Há mais de 10 anos anos produzo conteúdos na internet sobre a cultura hip-hop. Já geri diversas notórias páginas na internet relacionadas aos temas de rap e entretenimento.

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