Mãe do Juice WRLD faz desabafo sobre morte do rapper: “meu maior medo era ele tivesse uma overdose”
Fenômeno da nova geração hip-hop, Juice WRLD faleceu em 2019 após uma overdose acidental de drogas, onde engoliu uma grande quantidade de pílulas após a polícia federal invadir o jatinho que ele estava em busca de drogas após receber uma denúncia.
Ao longo da sua trajetória, o artista sempre abordou seu consumo de drogas, a qual além de ser uma opção recreativa, também usava para lidar com sua depressão, ansiedade e outros problemas de saúde mental. Na música “Wishing Well” do seu álbum póstumo, ele chegou a tocar no tema de forma mais profunda, cantando: “se não fosse pelos comprimidos, eu não estaria aqui / mas se eu continuar tomando esses comprimidos, não vou mais estar aqui”.
Agora comandando uma ONG Live Free 999 em homenagem ao Juice, a mãe Carmella Wallace do artista de Chicago teve a oportunidade de refletir sobre sua batalha da organização em nova entrevista com o canal ABC 7, assim como o motivo de continuar lembrando da morte de Juice por overdose.
Relembrando do impacto da morte do Juice, ela inicialmente explicou: “foi devastador, mas uma coisa que decidi no começo de tudo é que não iria esconder o fato de que ele morreu de uma overdose de drogas. Eu não queria manter isso em segredo, porque muitos lidam com isso todos os dias”.
Ela diz que sempre falou com Juice sobre suas lutas com a saúde mental, e até pediu que o artista procurasse tratamento profissional em vez de continuar a abusar dos comprimidos.
“Eu falei pra ele que se ele tem ansiedade, então buscasse a medicação adequada em vez de se automedicar. Eu falei com ele sobre isso. Eu disse que meu maior medo era ele tivesse uma overdose. É por isso que eu tomei a decisão de falar sobre isso com outras pessoas. Eu não posso manter isso em segredo”, relatou a senhora Wallace.
Ao longo da conversa, a mãe do artista ainda disse que embora Juice fosse um superstar aos olhos dos fãs, para ela, ele era apenas Jarad. “Juice Wrld era um ícone, mas Jarad era meu filho. Eu não o tratei como uma celebridade. Na verdade, a primeira vez que o vi se apresentar, foi em Chicago. Não me lembro bem onde, mas vi a multidão e vi as garotas dizendo: ‘tire uma selfie comigo’. Ele estava animado. Ele ainda morava comigo na época e quando ele voltou para casa, eu disse: ‘leve o lixo para fora’, porque eu só queria que ele continuasse humilde”.