Pop Smoke foi pressionado pela polícia para delatar membros da gangue Crips antes da sua morte e negou cooperar
Fenômeno da nova geração hip-hop de Nova York, Pop Smoke esteve enfrentando sérios problemas com a justiça antes de ser assassinado em casa que estava hospedado na Califórnia no mês de fevereiro.
Segundo relatórios do New York Post, o rapper enfrentava um tenso impasse com autoridades, que agiram tentando fazê-lo entregar informações que serviriam como provas para condenação de membros de sets da gangue Crips.
Uma fonte contou ao New York Post que tudo começou quando o autor do hit “Dior” foi preso em dezembro de 2019 por acusação de estar em posse de um Rolls Royce Wraith roubado, e foi interrogado sobre um tiroteio não fatal que aconteceu no Brooklyn em junho do ano passado, considerando o fato dele ter sido filmado dirigindo um outro carro próximo da cena do crime na ocasião. Além disso, é dito que a polícia tentou arrancar informações do rapper sobre sua conexão com as gangues 823 Crips, GS9 e outras do Brooklyn, mas sem sucesso, porque ele se recusou a colaborar.
“Qualquer conversa com Pop sobre cooperação com a polícia foi muito curta. É algo que ele nunca se animou em fazer”, relata Peter Frankel, advogado do artista. Frankel também acredita que autoridades tornaram o caso de acusação de roubo de carro dele em federal como manobra estratégica para fazê-lo delatar supostos associados, visto que casos semelhantes são “raramente vistos em uma acusações federais”.
“Eles esperavam que a força da acusação federal persuadisse ele a cooperar, se reunir e falar com eles. Não é incomum que o governo federal se envolva em uma investigação quando acredita que fazendo isso irá ajudá-los, uma vez que uma acusação no tribunal da corte estadual possa não ser tão efetiva”, disse Frankel.
Quando preso em janeiro, e estava sob custódia, o rapper foi pressionado a ceder possíveis informações sobre sua conexão com a gangue 823 Crips, além de detalhes tiroteios no Brooklyn. Pagando fiança de 250 mil dólares, Pop Smoke se recusou a cooperar com o governo, concordando com as condições de ficar distante de membros de gangue conhecidos e enviar testes de uso drogas para autoridades.
Em consequência dessas condições, o artista teve de cancelar algumas dos seus shows, como o BK Drip Concert no Kings Theatre em Flatbush no mês de fevereiro, levando em consideração o fato do departamento de inteligência da polícia ter notado que alguns conhecidos membros de gangue estariam na multidão da audiência.