Meno Tody diz que a favela não se identifica com a maioria dos artistas de trap brasileiros
Grande nome da nova geração brasileira hip-hop, Meno Tody tem uma opinião forte sobre a forma como a cena do trap flui em território nacional. Já tendo em águas passadas se posicionado contrário ao modo que alguns artistas do nosso país buscam influência de figuras internacionais, debochando dos que constantemente usam termos em inglês nas músicas, ele novamente voltou a abordar o tópico.
Em live no Instagram realizada nesse final de semana, Meno T fez uma reflexão, onde implicou a ideia que a maioria dos artistas que dizem fazer trap no Brasil, estilo originado no gueto de Atlanta, não geram identificação com o verdadeiro povo da periferia. “Tá ligado, quem ouve o funk, quem ouve o pagode. Você acha que eles vai ver esses gringos aí, esses carinha aqui do Brasil, que bota um dreadzinho e a roupinha colorida. Uma calcinha apertada e…. você acha que os caras vai achar o que nessa por##? Ridículo! Loka, nerd, é isso que os caras vai achar. Loka, música de loka, música de nerd. Nunca que o trap vai chegar na favela”, declarou o jovem.
Posteriormente, ele ainda reivindicou ter trazido novos ares para a cultura trap brasileira e impulsionado o movimento na periferia com suas ideias autênticas. “Quem faz o trap [dentro] da estética brasileira, foi eu po. A estética brasileira foi eu po. Não adianta. Nós é os tralha po###. Tropa do T po###”.