Jussie Smollett é detido acusado de pagar homens para agredi-lo e fingir ataque racista/homofóbico

No final de janeiro, Jussie Smolett preocupou fãs e parcela da comunidade hip-hop ao ter sido hospitalizado após ser agredido em Chicago. Em depoimento, o ator da série Empire disse que dois homens usando bonés com o slogan Make America Great Again do Donald Trump abordaram ele ao sair de fast food na madrugada, dizendo: “você não é aquele neguinho viad* de Empire?”, agredindo-o logo em seguida enquanto criminosos gritavam bordões da campanha do atual presidente americano.

Alegando então ter sido vítima de perseguição e crime de ódio, Jussie ainda mostrou à autoridades suposta carta anônima que teria recebido uma semana antes do ocorrido, a qual continha insultos racistas e homofóbicos. O episódio teve grande repercussão, e diversas personalidades da comunidade afro-americana manifestaram apoio a ele, e criticaram conduta de rapazes responsáveis por ação.

A equipe de Empire chegou até mesmo a buscar reforço na segurança para atores da série, e em polêmico momento durante show, visto que também possui carreira musical, Jussie se autoproclamou como o “2pac gay”, criando enorme drama diante de caso por meio de diversas outras declarações públicas. Para entender o quão longe a história foi, saiba que durante recente comitiva de imprensa, até mesmo Donald Trump se manifestou lamentando ocorrido, sobre o qual FBI assumiu investigação.

Vendo incoerências em história de Jussie, que eventualmente teria se negado a cooperar com autoridades, oficiais começaram a suspeitar da narrativa construída por ele. Trabalhando em caso com foco, a polícia prendeu na sexta-feira passada (15) dois homens acusados de estarem por trás do incidente.

Os elementos, descritos como “irmãos nigerianos”, cooperaram com agentes da lei, mostrando inclusive troca de mensagens que aconteceu com o artista antes de toda a confusão. Dentro desse cenário, autoridades conseguiram filmagens mostrando o ator e os dois rapazes juntos em elevador no dia do crime, e a corda foi quebrando para o lado de Jussie.

Com diversas personalidades como 50 Cent, Snoop Dogg, Cardi B, entre outras tecendo grandes críticas ao artista, e também debochando da narrativa dele, hoje (21) tivemos informação de que o Jussie Smollett se entregou em delegacia e foi preso acusado de falso testemunho por mentir em caso de agressão, onde teria pago 3,500 dólares para homens encenarem ataque contra ele.

Eddie T. Johnson, superintendente da Polícia de Chicago, alegou que o ator utilizou com más intenções da “dor e raiva do racismo para promover sua carreira”, declarando: “falsos testemunhos causam danos reais. Estou ofendido com o que aconteceu e também estou com raiva. Eles prejudicam todas as vítimas legítimas.”

Investigadores acreditam que Smollett encenou o ataque, em parte também “porque  estava insatisfeito com seu salário”, disse Johnson, o qual contou que a polícia tem o cheque que ele usou para pagar os homens responsáveis por ação. Os dois criminosos pagos lhe deram socos usando luvas, segundo o superintendente da polícia de Chicago, que falou:  “os arranhões e contusões que você viu no rosto dele foram provavelmente auto-infligidos”.

Smollett não fez nenhuma declaração oficial desde que se entregou. Sob a lei de Illinois, a apresentação de um falso testemunho para polícia é uma “conduta desordeira e punível” com pena de 1 a 3 anos de prisão.

O ator nega ter tramado ataque, segundo advogados, que prometem uma “defesa agressiva”. “Como qualquer outro cidadão, Mr. Smollett gosta da presunção da sua inocência, especialmente em uma investigação como essa, onde há informações falsas e verdadeiras, que foram repentinamente vazadas”, disse sua equipe de defesa em um comunicado.

Os irmãos responsáveis por ataque inicialmente foram detidos sob acusação de agressão, mas eles agora irão responder legalmente sob caso diante de novas acusações que se enquadram melhor com o crime.

Chicago police release Jussie Smollett's booking photo and are holding a press conference on their investigation into his alleged attack.

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— CNN (@CNN) February 21, 2019