André 3000 fala sobre planos na música em entrevista com a GQ Style
André 3000 já expressou em diversos momentos falta de vontade de dar grande continuidade a sua carreira musical, mantendo ela como espécie de hobbie. Destaque da nova edição da revista GQ Style, o associado ao Outkast falou sobre o possível fim da sua jornada na música, contando que ainda tem algumas “lutas” até que isso aconteça.
Usando a atual situação de Floyd Mayweather como referência para explicar sua mentalidade, ele contou: “é tipo o Mayweaher. Ele sabe, É como se eu pudesse lutar mais umas 3 vezes, mas eu estou diminuindo a velocidade, e vejo esses jovens chegando, e eu era um deles. E em um certo ponto, não importa o quanto Mayweather você é, eu acho que isso é mais sobre elegância, entende? Eu acho, eu tenho tipo mais umas duas ou três lutas de Mayweather… ou talvez 1”. Questionado então sobre novas músicas, o artista respondeu: “quando eu morrer, pessoas encontrarão horas e horas de arquivos… HD’s e toda essa merd#. Um HD de mim em casa sozinho tocando guitarra horrível. Eu tocando piano. Eu tocando um pouco de saxofone. Eu estava tentando descobrir: ‘será que posso me animar com isso’? Porque para mim, eu nunca fui um grande produtor, compositor ou rapper. Eu sempre me senti menor do que os outros, então lutei com mais força”.
Posteriormente, o rapper ainda declarou que acha que Big Boi faz rap melhor do que ele: “quando você vê os vídeos antigos do Outkast, Big Boi é o líder. Ele sempre teve a confiança, e eu era meio que o cara tímido. Big Boi pode fazer rap melhor do que eu, eu sempre disse isso. Se alguém disser: ‘pegue um do Outkast para uma batalha de rimas com você”, não seria eu, entende o que falo? Você não pode ficar pensando em uma batalha, ninguém dá moral para isso”. Quando o assunto foram novos artistas, André comentou: “eu odeio ir ao estúdio. Então, o que me faz voltar novamente e me animar são esses outros artistas. Eu estive no estúdio produzindo alguns artistas. Alguns projetos. Mas há uma coisa louca: “eu não tenho mais pulsação”; Ritmos mudam em cada geração. A intensidade e a bateria mudam. E eu não estou nessa pulsação. Eu não pretendo. Então, é meio que ver seu tio dançando. Então, a única coisa que eu posso fazer para esse tipo de novidade, é meio distante deles”.